O diretor francês Michel Gondry talvez seja a melhor representação que temos atualmente no cinema de alguém que consegue transitar entre o cult e a indústria cultural. É o mercado que reconhece seu trabalho e não o inverso. Acho que o Radiohead faz algo parecido na música.
Do excelente Eterno Brilho De Uma Mente Sem Lembranças ao ofuscado Rebobine Por Favor!, Michel Gondry é diferenciado porque exige do telespectador mais que os olhos: a mente, a consciência e a reflexão. Gosto muito de seus trabalhos. Agora, lança o DVD Gondry 2: Mais vídeos, com 20 trabalhos, sobretudo, clipes de bandas e artistas selecionados. Destaca-se os feitos para Björk [Declare Independence], o já mencionado Radiohead [Knives Out] e The White Stripes [The Denial Twist].
Isso que eu chamo de um bom presente! Fik dik 😉
Declare Independence – Björk
Knives Out – Radiohead
The Denial Twist – The White Stripes
No cinema, o próximo trabalho de Gondry é The Green Hornet [O Bezouro Verde], adaptação de uma série de TV produzida na década de 1960 e escrita pelo ator Seth Rogen e Evan Goldberg. Só para 2010!
Já é o poster mais colorido e psicodélico de 2009. A estréia está marcada para 14 de agosto! O filme é do diretor Ang Lee [Brokeback Mountain] e no elenco, Paul Dano [Pequena Miss Sunshine, Sangue Negro] e Emile Hirsh [Na natureza Selvagem, Milk].
Já sei que não estou cumprindo uma das promessas que eu mesmo postei para 2009 que era assistir mais filmes nacionais. Mas a safra desse ano ainda não empolgou… Verônica? Se eu fosse você 2? Divã (17/04)? Infelizmente não me animei por ver nenhum deles.
Ontem, contudo, vi o trailer que vai contar a história do brasileiro Jean Charles em Londres. Até me parece uma produção bacana, com Selton Mello no elenco e um roteiro interessante. O vídeo me deu uma sensação de mistura entre ficção e documentário… achei legal. Mas o que acontece com a produção nacional? Vendo o calendário de filmes brasileiros para 2009 no site filme B fiquei um tanto quanto desanimado… Me chamou a atenção Garapa, de José Padilha e Bem Amado de Guel Arraes. E para quem não sabe, Patricia Pillar (sim, a Flora) dirigiu um documentário: Waldick, sempre no meu coração, que fez pré-estréia no festival . Aguardemos com ansiedade!
E aí, vc já criou uma conta no Twitter? A tal galerêtá toda por lá. Astros e artistas de Holywood também. Demi Moore, Ashton Kutcher e Jimmy Fallon são algumas das celebridades que utilizam a ferramenta para se divertir e comunicar com seus fãs.
O ruim disso tudo é que se popularizou demais. Todo mundo tem e assim como orkut, perdeu a graça. Eu cancelei minha conta há quase um ano, quando muita gente já usava, embora não tinha todo esse apelo que hoje possui.
O legal do Twitter é saber usá-lo com moderação. Confesso que perdia bom tempo do meu dia útil com aquilo. Hoje acho besteira, desnecessário… Diante da febre que está o Twitter, caiu na internet um vídeo que traz uma sátira muito divertida sobre o uso exibicionista que muitos fazem do Twitter. Vale a clicada! 😉
Quando assisti o trailer de Where The Wild Things Are [Spike Jonze] confesso que passou batido, mas hoje o Frank, do Drama Kingdom sugeriu para baixar o som e escutar mais de uma vez. A canção se chama Wake Up, do Arcade Fire e de fato é sensacional. O álbum da música (Funeral) data de 2004 e é uma ótima pedida para curtir uma semana que se não será fácil, pelo menos será mais curta. 🙂
Depois dessa, o filme já ganha outras proporções. Previsão de estréia em 19 de outubro.
Estréia neste fim de semana no país, o excelente documentário Valsa com Bashir. Tive a oportunidade assistí-lo em outubro do ano passando, quando ocorreu o Mostra Internacional de São Paulo.
E o que é mais bacana no filme é que o diretor Ari Folman consegue mesclar elementos tão diversos como a animação gráfica em formato documentário para falar de um tema pesado que é a guerra entre judeus e palestinos. O resultado agradou a muita gente, menos a Academia, que preferiu o japonês Departures na categoria filme estrangeiro , configurando a maior zebra do Oscar deste ano.
Segue abaixo, a crítica do filme:
O documentário Waltz with Bashir é até o momento o vídeo mais interessante que eu vi desta discreta 32ª edição da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. O projeto é ambicioso e ao meu ver, consegue atingir seus objetivos.
A história é toda construída em desenho (animação e arte fantásticas!) e conta a história do massacre do povo mulçumano do Líbano feito pelas tropas israelenses na década de 1980.
Não é preciso saber da história dos livros para entender a mensagem do diretor judeu Ari Folman, mas é claro que ajuda se você quiser se aprofundar mais sobre o assunto. As tropas israelenses invadiram o Líbano, após a morte de Bashir Gemayel, presidente eleito de origem cristã Falangista, minoria no país.A morte aconteceu em uma explosão, um mês depois de eleito e o atentado foi atribuído aos muçulmanos.
Sob o pretexto de prestar apoio aos cristãos da milícia Falangista, o exército israelense invadiu o território do Líbano e provocou a dízima de milhares de muçulmanos.
O legal disso tudo é que a história é contada a partir de um ex-soldado israelense que começa a ter surtos de imagens sobre as atrocidades cometidas e realiza uma introspectiva volta ao passado sombrio com a ajuda de outros ex-soldados que lá também estiveram.
Waltz with Bashir evidencia as irracionalidades de uma guerra. Soldados despreparados destruindo cidades e vidas sem saber muito o porquê. E é aí, que Folman [ele é na vida real um ex-soldado do exército israelense] tenta amenizar a culpa de Israel ao mostrar os soldados quase tão vítimas quanto os muçulmanos do Líbano. Contudo, eram os próprios soldados que assassinavam os milhares de civis indefesos, obrigados a abandonar suas casas e seguir em cima de um caminhão ao destino incerto.
Valsa com Bashir é uma meia mea-culpa. De qualquer forma, o filme só poderia ter sido feito em desenho mesmo. Recriar aquele cenário de carnificina mostrado no final com imagens reais do massacre são de chocar até os mais indiferentes.
No Oscar, além de melhor documentário, Waltz with Bashir poderia perfeitamente ter concorrido a melhor trilha sonora.
E aí: Wall-E ou Shrek? Os Incríveis ou Monstros vs Alienígenas? Procurando Nemo ou Madagascar? É… a briga é boa entre os dois melhores estúdios de animação gráfica do mundo. Uma coisa é certa! O filmes animados melhoraram sensivelmente nos últimos anos e com a popularização de salas em 3D, a expectativa é de crescimento ainda maior.
Nessa disputa, sobram ânimos exaltados. O site Poe News publicou recentemente um diagrama mostrando a diferença entre a Pixar e a Dreamworks Animation no processo criativo. Confira:
Sempre desejei ver o dia em que Tom devorasse com requintes de crueldade Jerry, o rato folgado. Mais ainda! Nunca gostei daquele passarinho chato chamado Piu Piu dizendo com voz afeminada: “Acho que eu vi um gatinho!” e hoje fiquei bastante feliz ao ver num blog imagens como essas abaixo:
Não sou a favor da violência, mas justiça é fundamental. Ainda espero (sentado) por este desenho animado e SIM, ESTOU SEM ASSUNTO.
Realmente não se é válido fazer comédias com temas políticos, ainda mais relacionados ao Oriente Médio, mas o corajoso diretor Seth Rogen [Pineapple Express] estréia em abril um filme que promete uma boa polêmica. A maioria das pessoas que viu, ficou perplexa pela quantidade de violência e sadismo no filme.
Tem uma cena do filme na internet (não tem no youtube, mas tem aqui) em que um homem de aparência árabe discute com um policial dentro de um shopping. É engraçado, mas acho que é mexer com quem tá quieto e que definitivamente não gosta de ser incomodado… Vejamos o que isso vai dar!